Notas Históricas da Igreja Matriz de Santa Maria Madalena
Vindos do Faial a mando do Capitão Donatário Joss Van Hurtere, aqui se fixaram os primeiros povoadores desta terra, depois de em 1482 desembarcarem em São Mateus e neste “lugar dos ilhéus”, onde se organizaram as primeiras comunidades.
Foram esses pioneiros que à chegada ergueram a Casa Sagrada inicial dedicada a Santa Maria Madalena, que ao seu poiso deu o nome, ainda nos finais do séc. XV.
Desse pequeno templo erguido nos finais do séc. XV, praticamente nada se conhece, além do Orago que sempre foi Santa Maria Madalena.
Por volta de 1645, já séc. XVII, foi elevado no mesmo local, o actual edifício, que o nosso cronista Silveira Macedo, na sua História das Quatro Ilhas, havia de considerar como “o primeiro templo da ilha em grandeza e magnificência”.
Só em 1891, por iniciativa e com o patrocínio do Padre José Lourenço de Medeiros, o Ouvidor Medeiros, como era conhecido, foi erigido o actual frontispício, que logo se tornou o “ex-libris” da Vila.
A 26 de Abril de 1931, Sua Excelência Reverendíssima D. José da Costa Nunes, então Bispo de Macau, solenemente Dedicou e Sagrou esta Igreja Matriz, sendo Pároco o Reverendo Padre Tomás da Silva Medeiros. De Salientar que a Matriz da Madalena foi a quarta Igreja da Diocese a ser solenemente Dedicada, pois até então só tinham sido Dedicadas a Sé Catedral de Angra e as Matrizes de Ponta Delgada e da Praia da Vitória.
A actual imagem de Santa Maria Madalena foi adquirida em 1876 e a 7 de Setembro de 1947 a imagem da Padroeira foi solenemente coroada com uma coroa de ouro maciço com pedras preciosas, por Sua Excelência Reverendíssima D. Jaime Garcia Goulart, Bispo de Díli (Timor Leste), oferta de um imigrante regressado do Brasil.
A 22 de Julho de 1962 nesta Matriz celebrou o primeiro pontifical solene depois de ser elevado ao Sacro Colégio Cardinalício Sua Eminência o Cardeal D. José da Costa Nunes, primeiro Cardeal açoriano e filho maior desta ilha do Pico, conforme está registado em lápide de mármore colocada na primeira coluna da esquerda desta Matriz.
Encerrada com o sismo de 9 de Julho de 1998, reabriu ao culto na noite de Natal de 2004, após obras de recuperação e restauro.
Fontes:
Dr. Tomás Duarte Júnior,“A Matriz da Madalena e três dos seus Padres”.
Arquivo Paroquial.